Pathos, o assujeitamento quando falta a lei
Por Bárbara de Souza Conte, Denise Costa Hausen.
As autoras se propõem a trabalhar, neste texto, um enfoque contemporâneo da violência psíquica cotidiana e sua relação com o que pode ser nomeado apoderamento. Buscam atualizar a noção de Pathos fazendo esmaecer a concepção que a constituiu como dominante no discurso científico do século XIX, vinculando sua origem como vernáculo grego, portanto com o que é da ordem do assujeitamento. Discutem a ruptura do modelo moral de cultura, a partir do legado de Freud sobre a histeria, propondo o modelo ético para o sujeito da psicanálise. Opera para tal com a clínica da atualidade. Violência, sexualidade e poder assumem nova versão, pelo rompimento do pacto efetivado através da experiência da castração, metáfora da alteridade e do reconhecimento do limite que a lei impõe.