O Trauma na Pandemia do Coronavírus
A Sig está promovendo para Abertura das atividades científicas deste ano Conferência
com Joel Birman:
O Trauma na Pandemia do Coronavírus
19 de março/2021, sexta-feira, 19h30
On-line | Sala Zoom*
Investimento
- Estudantes: R$ 80,00
- Profissionais: R$ 120,00
- Sócios da Sig: ISENTOS (inscrições na secretaria)
Com duas vagas gratuitas destinadas a estudantes de graduação beneficiários de programas oficiais de apoio e/ou auxílio financeiro à vida estudantil.
Essas duas vagas gratuitas serão preenchidas por ordem de inscrição, e a inscrição se dá pela secretaria através de documento que comprove o benefício.
Informações e inscrições
On-line: www.sympla.com.br/sig
E na Secretaria:
– E-mail: sig@sig.org.br
– Whatsapp das 7h30 às 16h30: (51) 99664.7974
– Whatsapp das 12h às 21h: (51) 99627-9382
*Os dados para acesso ao Zoom serão enviados aos inscritos no dia do evento.
Joel Birman analisa neste livro a dimensão psíquica da pandemia da Covid-19.
Escrito a quente, o livro chama a atenção para a problemática do trauma, intimamente relacionada à noção de catástrofe humanitária, subjetiva e nacional em que particularmente a população brasileira está inserida.
Necessário a todas as pessoas que desejam compreender e processar subjetivamente esse período brutal.
Texto do Grupo de Investigação Clínica Psicanalítica Ontem, Hoje e Amanhã
Este é um ensaio-testemunho, apaixonado e lúcido, sustentado no paradigma da complexidade, que aborda rigorosamente a pandemia em suas várias dimensões no tempo trágico desse acontecimento.
Joel Birman prova, uma vez mais, que a Psicanálise pode conversar com as outras disciplinas sem perder a sua especificidade; ao contrário, se fortalece e garante o seu viço. A constatação de que vivemos uma catástrofe e o reconhecimento do seu potencial traumático nos convoca a interrogarmo(no)s sobre a função da clínica psicanalítica como lugar de enfrentamento do mortífero e possibilidade de transformação.
O Grupo de Investigação Clínica Psicanalítica Ontem, Hoje e Amanhã surgiu como uma aposta – em plena pandemia – de fazer circular Eros em um espaço em que possibilita tornar visível o invisível, dizível o indizível dessas e outras experiências de analistas e analisantes.
No percurso, o encontro com o mais recente livro de Birman ampliou os interrogantes, as problematizações e as tensões acerca do ofício psicanalista em nosso tempo.
Texto de Eurema Gallo de Moraes – Psicanalista. Membro Pleno da Sig. Coordenadora e Supervisora da Formação em Psicanálise
Em seu mais recente livro, O Trauma na Pandemia do Coronavírus, Joel Birman, a partir de uma cartografia sustentada na complexidade do pensamento, aborda as múltiplas dimensões avassaladoras da pandemia.
Assim sendo, o arranjo interdisciplinar com o qual mapeia sua narrativa expõe, em todos os capítulos, fecundas inflexões de diversidades tão necessárias à compreensão destes tempos sombrios de ‘peste’.
Ao convidá-lo, para a aula inaugural de 2021, a Sig reafirma seu compromisso em sustentar uma posição condizente com os pressupostos da psicanálise, “a saber, reconhecimento do discurso da ciência, coerência ética e defesa intransigente da democracia” (Birman, 2020, p.68).
Texto de Débora Farinati – Diretora Científica e da Comissão Científica da Sig
Joel Birman propõe que, para que possamos analisar as os efeitos sobre o psiquismo humano da pandemia do Coronavírus, é necessário que possamos delinear as especificidades da conjuntura brasileira, com sua forma particular de enfrentamento da catástrofe sanitária. Destaca que ao lado dos efeitos sobre o organismo, o qual constitui um dos campos da experiência clínica singular, é preciso considerar as particularidades sobre os sujeitos no registro psíquico.
Uma pandemia que se caracteriza por um vírus invisível com um alto poder de contágio, para o qual ainda não se tem um protocolo terapêutico seguro e que apesar da descoberta das vacinas, nos colocou diante do horror da morte reativando o que Freud denominou de desamparo originário.
Joel parte da proposição freudiana do desamparo onde o sujeito marcado pela alteridade acredita que pode contar com o Outro para fazer a análise do impacto sobre o sujeito quando as instâncias de proteção pública falham. Afirma ainda que que nessas situações o sujeito se inscreve no registro do desalento, onde em não tendo com quem contar se sente entregue ao acaso e ao indeterminado. Que posições pode assumir o sujeito em razão do desalento? Quais as possibilidades de tramitação psíquica diante do desamparo e do desalento? Pensamos juntamente com o autor que poder transformar o que é invisível em visível e o indizível em dizível constitui uma direção psíquica fundamental.
Essas, entre outras questões, serão abordadas por Joel Birman em sua conferência. Convidamos a todos que participem dessa interlocução a qual se faz ainda mais importante, dada a gravidade do momento em que vivemos.
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