Fascismo eterno e a repetição do novo

Por Juliana de Azevedo Medeiros.

Este trabalho apresenta a relação do conceito de fascismo eterno com o contexto brasileiro atual, em que a realidade é constantemente atacada e as relações pautadas na força e violência são enaltecidas. Os discursos saudosos em relação ao passado são frequentes, concomitantemente, com as promessas de um novo que irá fazer o resgate da crise vigente. A vivência do desamparo, da onipotência e do que não é mediado pela satisfação podem contribuir com marcas no sujeito que busca, de forma incessável, substitutos que amparem: o líder e a massa, estes vinculados pela identificação e idealização. A hostilidade dos humanos prevista é colocada para fora da massa (Nós), direcionada para “eles”, grupo no qual recebe a agressão da indiferença e da desumanização. Assim, este artigo questiona a vivência de uma repetição mortífera, em que o novo não passa de um passado disfarçado.

Clique aqui para abrir ou baixar

shares