Roda de conversa entre os associados

 

Juntar os cacos, ir à luta, que tal?

Convidamos os colegas que desejarem compartilhar relatos ou testemunhos sobre suas vivências, impressões e escutas nos diversos contextos desta catástrofe a participarem.

 

Roda de conversa entre os associados

21 de junho, sexta feira, 18h.
Presencial e on-line

Inscrições dos colegas para compartilhar seus relatos – enviar e-mail até dia 17 de junho para: cientifica@sig.org.br

 

Juntar os cacos, ir à luta, que tal?

 

Juntar os cacos, ir à luta. No início da atual gestão, a diretoria científica havia escolhido tomar como fio condutor a música “Que tal um samba?” de Chico Buarque. Foi nosso ponto de partida para pensarmos no a posteriori após os anos de pandemia, cujos efeitos nefastos, em nosso país, tiveram a marca do triste cenário político. A partir desse enlace, deixávamos marcado o desejo de que pudéssemos tecer os fios dos novos tempos como possibilidade frente a tanta destrutividade. Mas jamais poderíamos imaginar que esta poética canção seguiria nos alcançando, agora em virtude de um outro cenário igualmente, ou até mais, impactante: a catástrofe que inundou nosso estado e o nosso povo.

Recorremos novamente à canção de onde partimos e, se, por enquanto, não nos toca puxar um samba, nos toca puxar a potência dos seus dizeres – “Juntar os cacos, ir à luta, que tal?”

Em diversos espaços, temos escutado o quão difícil tem sido não apenas articular as ideias sobre essa catástrofe e todos os desdobramentos que dela decorrem, mas sobretudo tramitar psiquicamente o vivido. Parece-nos que a palavra tenta, tenta, mas não alcança, algo foge, escapa. Mas como pode? Se aconteceu tanta coisa, todo mundo deve ter uma história para contar. Pensamos que a história talvez não seja o ponto de partida, mas sim uma construção coletiva. Talvez agora seja o tempo do relato do que puder emergir, dos fragmentos que se fazem urgentes.

A partir da demanda de implicação da instituição, iniciamos algumas conversas com os sócios para que pudéssemos pensar nos dispositivos que podemos lançar mão coletivamente. Dentre eles, surgiu a ideia de que alguns colegas pudessem relatar suas experiências de vivência, escuta, intervenção, inserção nos diversos contextos dessa tragédia que ainda está em curso. Assim, apostamos nas possibilidades que se abrem ao fazermos a palavra circular. E assim lembramos dos dizeres de Ponciá Vicêncio, protagonista do romance homônimo de Conceição Evaristo que sabiamente nos diz: “o tempo de espera se feito quieto e mudo é pior, pois se torna demasiado longo”.

Assim, gostaríamos de convidar todos os colegas que tiverem o desejo em compartilhar relatos ou testemunhos sobre suas vivências, impressões e escutas nos diversos contextos desta catástrofe a se inscreverem para uma roda de conversa entre os associados, que se realizará na sexta feira, dia 21 de junho em nossa instituição, às 18hs. A prévia inscrição dos colegas que irão compartilhar seus relatos se faz necessária para uma melhor organização do nosso encontro. Pedimos aos interessados que enviem um e-mail para cientifica@sig.org.br até o dia 17 de junho.

Desejamos que a partir destas conversas, possamos pensar acerca do nosso fazer e construirmos pontes, coletivamente. Juntar os cacos, ir à luta, que tal?
Contamos com a participação de todos,

Atenciosamente,

Martina Dall’Igna de Oliveira

– Diretora científica

Adriana Gobbi, Aline Gazzola, Felipe Karasek e Gabriele Gomes

– Comissão científica

 

*Agradecemos à Adriana Gobbi pela escrita desta carta-convite.

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