Freud e o mal-estar na cultura

Por Janete Rosane Luiz Dócolas.

Numa manhã de domingo, gente de todas as idades assistia a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre tocar Mozart, Mahler e Tchaikowsky, e se encantava com sons que se harmonizavam de uma maneira impressionante, criando uma espécie de mundo mágico, onde o tempo parecia não contar. E lá estavam todos, na gelada manhã do dia 3 de julho de 2011, num encontro que nos faz lembrar que existem criações que não envelhecem, ultrapassam o tempo e são atuais em qualquer época.
Se é bem verdade que o tempo passa, é também verdade que com ele temos adquirido muito conhecimento e isso tem se transformado em avanços importantes, provocando mudanças em praticamente todas as áreas. A velocidade desses avanços, em função de recursos que aceleram e multiplicam a informação, é espantosa, e uma consequência disso é que tudo parece ficar obsoleto com muita facilidade. Nem bem nos atualizamos em relação a um conhecimento, por exemplo, e já estamos sendo convocados a conhecer e dominar uma novidade que amplia ou, às vezes, substitui o que nos era conhecido e precisa ser deixado para trás.

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